Na madrugada de quarta para quinta, Itapema enfrentou um dos piores temporais de sua história recente. A chuva incessante alagou ruas, destruiu pontes e deixou famílias inteiras desabrigadas. Em poucas horas, bairros inteiros ficaram submersos, e o cenário de desespero tomou conta da cidade. A água invadiu casas, arrastou veículos e acumulou lixo nas áreas periféricas. Abrigos improvisados começaram a ser organizados na manhã seguinte, enquanto equipes da prefeitura corriam para atender chamados de emergência e remover moradores ilhados.
O prefeito, acompanhado de secretários e voluntários, esteve nas áreas mais afetadas. Uma imagem sua com água no pescoço, enquanto ajudava moradores a atravessar um ponto alagado, rodou o Brasil, tornando-se símbolo de um esforço coletivo para minimizar os danos. Apesar das dificuldades, a cidade mobilizou recursos, contou com doações e se apoiou na solidariedade de quem podia ajudar, criando uma rede de assistência para quem havia perdido tudo.
Enquanto os alagamentos se dissipavam, o outro grande desafio surgia: a reconstrução. Nos bairros mais afetados, era possível sentir o cheiro da lama misturado ao do lixo acumulado. Caminhões de entulho circulavam pelas ruas, recolhendo os pedaços de um passado que agora precisava dar lugar ao recomeço.
E então veio o sábado, trazendo consigo um presente inesperado: o sol. A luz da manhã caiu sobre Itapema como um bálsamo, iluminando os rostos marcados pela dor, mas também pela esperança. Crianças, que dois dias antes estavam aterrorizadas, voltaram a brincar com os pés descalços sobre a calçada ainda úmida. Famílias, antes desabrigadas, encontraram força na solidariedade que brotou de todas as partes: doações de roupas, alimentos, colchões. Cada ato era um tijolo na reconstrução não apenas das casas, mas da alma da cidade.
A tragédia não será esquecida, mas Itapema mostrou, mais uma vez, que é feita de muito mais do que prédios, praias e cartões-postais. É feita de gente que não desiste, que une mãos para secar lágrimas e erguer novos dias.
O sol brilhou no sábado, como um lembrete silencioso de que, depois da tempestade, sempre vem a bonança. E Itapema, com suas cicatrizes ainda visíveis, começou a escrever uma nova história – a de um recomeço que nasceu da força de seu povo.
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