Em uma conversa recente, o ex-presidente Jair Messias Bolsonaro (PL) indicou que não compareceria ao evento de lançamento da pré-candidatura de João Rodrigues (PSD), realizado no dia 22 deste mês, e justificou a ausência devido ao aniversário de sua esposa, Michelle.
Bolsonaro declarou ter esperança de que Rodrigues concorra ao Senado em vez do governo de Santa Catarina, o que evitaria uma disputa interna com o atual governador, Jorginho Mello (PL), e manteria a base bolsonarista mais unida nas próximas eleições.
“João lançou [pré-candidatura] dia 22. Eu dei uma desculpa pra ele. Eu queria ir, mas não vou porque é aniversário de minha esposa [Michelle]. Ainda tenho esperança de João Rodrigues ao Senado e ainda a gente lançaria só uma das duas lá e o Jorginho teria uma reeleição tranquila”, disse o ex-presidente, referindo-se às deputadas federais Júlia Zanatta e Caroline de Toni (ambas ligadas ao PL e representantes fortes do bolsonarismo), para a corrida ao Senado.
A fala de Jair Bolsonaro, manifestando carinho por João Rodrigues e Jorginho Mello e expressando o desejo de vê-los juntos, vai além de um gesto pessoal: é um movimento político calculado. João, prefeito de Chapecó, tem forte influência no Oeste catarinense, enquanto Jorginho, atual governador, é uma liderança consolidada com identidade bolsonarista.
Ao sugerir essa união, Bolsonaro acena para a construção de um palanque coeso da direita em Santa Catarina, mirando 2026. A fala, ainda que embalada em afeto, funciona como sinalização política: não impõe, mas orienta; não determina, mas costura. Ele aposta no diálogo e no simbolismo para incentivar uma aliança que fortaleceria seu projeto nacional, especialmente se João aceitar disputar o Senado com o apoio de Jorginho.
É um gesto que une emoção e estratégia, e que revela como, mesmo fora do poder, Bolsonaro segue influente na reorganização das forças políticas no estado.
Confira a fala do ex-presidente:
Vídeo - Reprodução/Redes Sociais
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