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Mirando Bolsonaro em 2026, deputados buscam alterar a Lei da Ficha Limpa

Deputados do PL e Centrão tentam reverter inelegibilidade de Bolsonaro, com mudanças nas regras eleitorais para as próximas Eleições.

03/02/2025 às 09h11
Por: Tiago Francisco
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Imagem: EFE | André Borges
Imagem: EFE | André Borges

Você ainda tá planejando seu 2025? Porque já tem gente que tá de olho em 2026...

Em um movimento que já vislumbra as próximas eleições, um grupo de deputados do PL, com apoio de parte do Centrão, está empenhado em viabilizar o retorno de Jair Bolsonaro ao cenário político. Apesar de o ex-presidente estar inelegível até 2030, por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a articulação para sua volta se acelera com uma tentativa de alterar a Lei da Ficha Limpa.

Bolsonaro foi condenado pelo TSE por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação, devido a declarações em que levantou suspeitas sobre a lisura das urnas eleitorais durante um evento oficial — um ato que o desqualificou para concorrer até o início da próxima década. Esse episódio fez com que a Lei da Ficha Limpa fosse aplicada, impedindo sua candidatura por um período de oito anos.

No entanto, essa situação pode estar prestes a mudar. Deputados aliados de Bolsonaro estão propondo uma revisão na legislação, com o intuito de reduzir o tempo de inelegibilidade de 8 para 2 anos. Para que essa proposta tenha efeito nas eleições de 2026, é necessário que o Congresso aprove a mudança até outubro deste ano.

O cenário está longe de ser certo. Enquanto a possibilidade de retorno de Bolsonaro continua em discussão, outras figuras políticas já começam a se articular para ocupar o espaço deixado caso o ex-presidente não consiga reverter sua situação. Entre os nomes cogitados estão o cantor Gusttavo Lima, o empresário Pablo Marçal e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas. Além disso, Jair Bolsonaro ainda não descarta a possibilidade de seu filho Flávio Bolsonaro ou sua esposa, Michele Bolsonaro, entrarem na disputa, caso ele não consiga reverter sua inelegibilidade.

Essa movimentação não é inédita na política brasileira. Em 1997, o Congresso Nacional já havia alterado as regras de reeleição para permitir que o então presidente Fernando Henrique Cardoso disputasse um segundo mandato. Na época, o processo foi marcado por denúncias de compra de votos, mas o projeto de mudança foi aprovado.

A verdade é que a disputa pelo poder em 2026 já está sendo desenhada, e o desfecho pode alterar o rumo político do Brasil nos próximos anos.

 

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