A Síria, após anos de devastadora guerra civil, atravessa um dos períodos mais sangrentos de sua história recente. Nos últimos três dias, confrontos intensos entre forças leais ao ex-presidente Bashar al-Assad e o governo interino resultaram na morte de mais de 1.300 pessoas, sendo 830 civis, conforme relatado pelo Observatório Sírio para os Direitos Humanos.
A violência concentra-se principalmente contra os alauítas, minoria que representa cerca de 10% da população síria e que apoiava Assad. Este grupo, uma ramificação do islamismo xiita, tem sido alvo de ataques brutais, incluindo execuções sumárias e torturas.
O embaixador do Brasil em Damasco, André Santos, confirmou que há um forte componente sectário-religioso na seleção das vítimas, com evidências de vídeos mostrando humilhações e assassinatos de alauítas.
A comunidade internacional expressou profunda preocupação. Os Estados Unidos e a Rússia solicitaram uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU para discutir a situação. O presidente sírio interino, Ahmed al-Sharaa, pediu unidade nacional e prometeu responsabilizar os envolvidos no derramamento de sangue civil.
Milhares de civis, incluindo mulheres e crianças, estão fugindo para áreas montanhosas ou buscando refúgio em bases militares russas, tentando escapar da violência sectária. Relatos indicam que famílias inteiras têm sido mortas, intensificando a crise humanitária no país.
A escalada da violência na Síria destaca a complexidade do conflito, profundamente enraizado em divisões sectárias e políticas. Enquanto a comunidade internacional busca respostas, a população civil continua a sofrer as consequências desse conflito implacável.
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