A BR-101 é uma das rodovias mais conhecidas e movimentadas do Brasil — e especialmente de Santa Catarina, onde cruza o estado de norte a sul, conectando cidades importantes como Joinville, Itajaí, Balneário Camboriú, Itapema, Florianópolis e Tubarão. Mas você já parou para pensar no que significa esse número? Ou por que outras rodovias, como a BR-470, BR-280 ou BR-116, têm essa numeração?
À seguir, vamos explicar como funciona a numeração das rodovias federais, trazer curiosidades sobre as estradas que cortam Santa Catarina e mostrar exemplos de outras BRs espalhadas pelo país.
A sigla “BR” indica que se trata de uma rodovia federal, ou seja, administrada pelo Governo Federal, por meio do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) ou concessionárias privadas. O número que acompanha a sigla segue uma lógica nacional padronizada, definida pelo antigo DNER (Departamento Nacional de Estradas de Rodagem), atual DNIT.
No caso da BR-101, trata-se de uma rodovia longitudinal (ou seja, que percorre o país de norte a sul), e o número “101” indica que ela está localizada próxima ao litoral — quanto menor o número, mais próxima do oceano Atlântico.
A Arteris Litoral Sul é a concessionária responsável pela administração de um importante trecho da BR-101 em Santa Catarina, compreendido entre Palhoça, na Grande Florianópolis, até a divisa com o Paraná. A empresa atua desde 2008 e tem como responsabilidades a manutenção, conservação, sinalização, atendimento de emergência e operação do tráfego nessa rodovia, considerada uma das mais movimentadas do estado.
Além disso, a Arteris opera praças de pedágio ao longo do trajeto e realiza obras de melhoria e modernização, como a implantação de vias marginais, passarelas e dispositivos de segurança. A concessão trouxe mudanças significativas na infraestrutura da BR-101, com impactos diretos na fluidez do trânsito, na segurança viária e na qualidade do deslocamento de milhares de motoristas que cruzam a região diariamente.
As rodovias federais do Brasil são classificadas em cinco tipos, com base em sua função e direção. Veja:
Partem de Brasília para outros pontos do país.
Exemplo: BR-040 (Brasília – Rio de Janeiro), BR-060 (Brasília – Bela Vista/MS).
Cortam o país de norte a sul.
Números ímpares, de 101 a 199.
Quanto menor o número, mais próximas do litoral.
Exemplo: BR-101, BR-153, BR-163.
Cruzam o país de leste a oeste.
Números pares, de 200 a 299.
Exemplo: BR-282 (Santa Catarina), BR-230 (Transamazônica).
Cortam o país na diagonal (noroeste a sudeste ou nordeste a sudoeste).
Exemplo: BR-376 (SC/PR até o norte do Paraná), BR-381 (MG – SP).
Interligam rodovias principais ou ligam cidades importantes entre si.
Números aleatórios, sem padrão geográfico.
Exemplo: BR-470, que liga Navegantes a Campos Novos (SC), passando por Blumenau.
Santa Catarina possui uma das maiores malhas rodoviárias federais do Sul do país, com trechos fundamentais para o escoamento da produção agrícola, industrial e turística.
Algumas das principais BRs que cruzam o estado:
BR-101: Rodovia longitudinal, totalmente duplicada em SC. É vital para o turismo e comércio, ligando o estado ao Paraná e ao Rio Grande do Sul.
BR-470: Rodovia de ligação que corta o Vale do Itajaí. É rota de escoamento da produção e passa por cidades como Blumenau, Gaspar e Rio do Sul.
BR-282: Transversal que liga o litoral catarinense ao oeste, fundamental para a agroindústria.
BR-280: Liga São Francisco do Sul (porto) ao interior norte do estado.
BR-116: Rodovia longitudinal que passa por Lages, importante no transporte nacional de cargas.
A BR-101 é a maior rodovia do Brasil, com mais de 4.700 km, indo do Rio Grande do Norte até o Rio Grande do Sul.
A BR-470 é considerada uma das rodovias mais perigosas de SC, por seu alto número de acidentes, especialmente nos trechos sem duplicação.
Algumas rodovias são chamadas popularmente por outros nomes. A BR-101, por exemplo, é conhecida em partes do Sul como “Rodovia Governador Mário Covas”.
A duplicação da BR-470, em andamento, é uma das obras mais aguardadas de Santa Catarina.
BR-116: Uma das mais extensas, liga o Ceará ao Rio Grande do Sul. Passa por capitais como São Paulo e Curitiba.
BR-319: Liga Porto Velho (RO) a Manaus (AM), em plena floresta amazônica. É considerada uma das estradas mais desafiadoras do país.
BR-230 (Transamazônica): Um projeto ambicioso da década de 1970, ainda com trechos não pavimentados.
Mais do que simples códigos, os números das BRs indicam a função e direção estratégica das rodovias, facilitando a organização da malha viária e o planejamento logístico. Em Santa Catarina, a malha federal é essencial para o turismo, o escoamento da produção agrícola e industrial, além da ligação entre regiões estratégicas do Brasil.
Por isso, ao trafegar por uma BR, vale a pena lembrar que aquele número na placa tem um motivo — e que ele ajuda a contar a história da integração nacional.
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