Em um feito sem precedentes na história da exploração espacial, a SpaceX, empresa comandada por Elon Musk, realizou uma manobra impressionante: a parte inferior do maior foguete do mundo foi "estacionada" de volta na plataforma de lançamento, um marco que promete transformar o futuro das viagens espaciais.
A missão, considerada um divisor de águas, foi cuidadosamente dividida em duas etapas:
O voo do Starship: A nave principal fez um voo de mais de uma hora, cruzando os céus e pousando de maneira planejada no Oceano Índico. Essa operação bem-sucedida garantiu a segurança da cápsula e dos componentes essenciais para futuras missões.
O retorno do propulsor: O verdadeiro espetáculo foi protagonizado pela parte inferior do foguete, conhecida como propulsor, que tem o tamanho equivalente a um prédio de 20 andares. De maneira precisa, essa gigantesca peça retornou de ré à Terra e se encaixou perfeitamente em dois braços mecânicos da plataforma de lançamento, como se fosse uma manobra de baliza milimetricamente calculada.
Se você ainda não tem noção da grandiosidade desse feito, vale lembrar que a exploração espacial sempre foi um empreendimento de altíssimo custo. Só para ter uma ideia, o envio de uma nave da NASA ao espaço, desde sua construção até o lançamento, pode custar cerca de 2 bilhões de dólares. Isso ocorre principalmente porque os foguetes convencionais são praticamente destruídos após o uso, gerando um enorme desperdício de recursos. É como se, após cada voo, o avião fosse totalmente descartado, elevando os custos a patamares astronômicos — imagine o impacto em uma simples viagem de férias pela Europa, se aplicássemos essa lógica!
Foi diante dessa realidade que Elon Musk e sua equipe da SpaceX adotaram o lema de "fazer o foguete dar ré" como um objetivo central. Em 2015, eles atingiram esse marco pela primeira vez com o Falcon 9, um foguete muito menor em comparação ao atual Starship. Você deve se lembrar desse feito, que foi amplamente celebrado à época.
Agora, quase uma década depois, a SpaceX não apenas repetiu a façanha, mas superou todas as expectativas ao estacionar o maior foguete do mundo, provando que o custo de viagens espaciais — e de uma colonização em Marte — diminuiria significativamente. Nas palavras do próprio Musk, CEO da SpaceX, a meta é que a empresa coloque os primeiros seres humanos em Marte daqui a 4 anos.
Vídeo - Agence France-Presse/Português
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