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Policial Crime Organizado

Denúncia de consumidor de Itapema revela esquema milionário de falsificação de remédios

Operação “Reação Adversa” prendeu duas pessoas e apreendeu veículos e imóveis adquiridos com lucro ilícito.

26/05/2025 às 15h27 Atualizada em 26/05/2025 às 16h26
Por: Tiago Francisco
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Foto - Divulgação/PC
Foto - Divulgação/PC

Na manhã desta segunda-feira (26), a Polícia Civil de Santa Catarina deflagrou a operação “Reação Adversa”, que resultou na prisão de duas pessoas e na apreensão de veículos de luxo e imóveis adquiridos com dinheiro proveniente da venda ilegal de medicamentos e anabolizantes falsificados. A ação, realizada em Jaraguá do Sul, Barra Velha, Canoinhas e em Catalão, Goiás, teve como objetivo desarticular um grupo criminoso que adulterava e comercializava produtos falsos, incluindo remédios que colocavam a saúde da população em sério risco.

A operação foi conduzida pela Delegacia de Investigação à Lavagem de Dinheiro da Diretoria Estadual de Investigações Criminais (DEIC) de Santa Catarina, com o apoio da Polícia Civil de Goiás, do Laboratório de Tecnologia em Lavagem de Dinheiro da DEIC e das Delegacias de Investigações Criminais de Canoinhas e Campos Novos.

As investigações começaram após uma denúncia feita por uma vítima de Itapema que adquiriu um medicamento falsificado para emagrecer, conhecido como Ozempic, e sofreu complicações graves após o uso. A partir desse relato, a polícia identificou que o grupo criminoso atuava na venda de anabolizantes, remédios abortivos e outros medicamentos ilegais, tanto em Santa Catarina quanto em Goiás.

De acordo com as apurações, os criminosos obtinham medicamentos vencidos e alteravam as datas de validade para que parecessem dentro do prazo. Para dar mais credibilidade aos produtos falsificados, uma gráfica produzia caixas idênticas às originais. A venda dos remédios e anabolizantes ocorria principalmente pelas redes sociais, com preços inferiores aos do mercado regular.

Durante as diligências, uma pessoa foi presa em flagrante e outra por cumprimento de mandado. Além das prisões, foram apreendidos bens de luxo, como veículos e imóveis, que poderão ser utilizados para compensar as vítimas prejudicadas pelo esquema.

Em nota, a Polícia Civil de Santa Catarina afirmou que continuará atuando para identificar e responsabilizar os envolvidos, “protegendo a saúde e a segurança da população”. A corporação também ressaltou que os investigados podem responder por tentativa de homicídio com dolo eventual, devido aos riscos que os medicamentos falsificados representam.

O delegado Jeferson Prado, da DLAV/DEIC, orienta que quem adquiriu qualquer um desses medicamentos ou anabolizantes falsificados não os utilize. Em caso de efeitos colaterais ou problemas de saúde após o uso, a recomendação é procurar uma delegacia para registrar a ocorrência. "Não se sinta constrangido e faça o registro", destacou a polícia.

Vídeo - Divulgação/Polícia Civil

O Medicamento

O Ozempic é um medicamento bastante conhecido no Brasil, usado principalmente para tratar diabetes tipo 2 e, mais recentemente, para ajudar na perda de peso em pessoas com obesidade. Por sua eficácia e alta credibilidade, o nome Ozempic é bastante valorizado no mercado farmacêutico, o que o torna alvo frequente de falsificações.

Além disso, o medicamento é caro, o que faz com que muitas pessoas busquem alternativas ilegais e mais baratas, mesmo correndo riscos graves à saúde. O uso correto do Ozempic, sempre sob prescrição médica, pode trazer benefícios, mas quando substituído por versões falsificadas, como no caso investigado, pode causar complicações sérias.

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