Homem em surto prende esposa, a ameaça com facas e resiste à prisão na Meia Praia, em Itapema

Na manhã desta terça-feira (13), a Polícia Militar foi acionada por meio da Central de Emergências para atender a uma ocorrência de ameaça no âmbito da Lei Maria da Penha, em Itapema. A situação aconteceu em uma residência localizada na Rua 298, bairro Meia Praia, e exigiu resposta rápida das guarnições.

Ao chegar no local, os policiais se depararam com um homem em surto, tentando trancar a porta da casa enquanto, do lado de dentro, a esposa pedia socorro. Havia informações de que o agressor estaria armado com facas, o que aumentou a tensão da ocorrência. Diante do risco iminente, os policiais forçaram a entrada antes que ele conseguisse se trancar, momento em que ele caiu e bateu a cabeça, sofrendo um corte no rosto.

O homem descontrolado resistiu à ação dos policiais e precisou ser algemado para evitar agressões e possível fuga. Ele apresentava sinais de desorientação e comportamento violento.

A mulher em pânico, esposa do agressor, relatou que chegou do trabalho e encontrou o marido em completo surto, dizendo frases desconexas e alegando estar possuído. À mulher, ele teria alegado "estar possuído", dizendo que a filha deles havia matado ele "em outra vida", e que ele "mostraria pra ela o que merecia”.

Segundo a vítima, ele tentou pegar facas da cozinha para ameaçá-la e dizia que faria algo contra ela. A mulher disse ainda que o companheiro já teve comportamentos estranhos no passado, mas nunca havia sido agressivo. Desta vez, afirmou temer pela própria vida e pelas filhas do casal. Ela mencionou ainda que ele já foi usuário de cocaína e que consome bebidas alcoólicas com frequência.

Os policiais apreenderam duas facas encontradas na casa e entregaram o material à Delegacia de Polícia Civil de Itapema. O homem agressivo foi encaminhado ao Instituto Geral de Perícias (IGP) para realizar exame de corpo de delito, enquanto a vítima foi levada para prestar depoimento.

Com base na nova Lei 14.994/24, que trata o crime de ameaça em casos de violência doméstica como de ação penal pública incondicionada, os policiais lavraram o boletim de ocorrência e conduziram o caso às demais autoridades.

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