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Policial Investigação

Vídeo de intolerância religiosa em Bombinhas vira caso de polícia e ganha repercussão nacional

Polícia Civil instaurou inquérito para apurar o conteúdo publicado por moradora do município; vídeo já ultrapassou 260 mil visualizações nas redes sociais.

06/05/2025 às 13h53 Atualizada em 06/05/2025 às 15h03
Por: Tiago Francisco
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Foto - Reprodução
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A Polícia Civil de Santa Catarina abriu um inquérito para investigar um vídeo publicado nas redes sociais que, segundo as autoridades, pode configurar crime de intolerância religiosa. A postagem foi feita por uma moradora de Bombinhas e rapidamente viralizou, gerando forte repercussão dentro e fora do estado.

De acordo com informações da Delegacia de Polícia de Itapema, a suspeita divulgou um vídeo no qual aparecem duas figuras representando pessoas de religiões diferentes. Uma delas, vestida com trajes típicos de uma religião de matriz africana, diz “eu te respeito” ao abraçar a outra, que retruca em pensamento com a frase: “pena que você vai para o inferno”. A cena foi interpretada como uma manifestação de desrespeito religioso, gerando inúmeras críticas.

O conteúdo foi considerado ofensivo por usuários das redes sociais e atraiu atenção do influenciador digital João Medeiros, que repostou o vídeo em seus perfis com uma crítica silenciosa, usando apenas expressões faciais e ironia para expressar indignação com a atitude. Só em seu perfil no Instagram, a publicação ultrapassou 80 mil visualizações, enquanto no TikTok já passa de 180 mil visualizações, chamando atenção de pessoas de várias partes do país.

Com a grande repercussão, a autora apagou o vídeo original de suas redes sociais, mas o material já foi obtido e arquivado pela Polícia Civil, que conduz o inquérito com base no artigo 20, parágrafo segundo, da Lei 7.716/89 — a chamada Lei do Racismo. A pena prevista para esse tipo de crime varia de dois a cinco anos de reclusão, além de multa.

O procedimento deve ser concluído em até 30 dias. Segundo a Polícia Civil, as investigações seguem para esclarecer se a conduta da investigada configura crime de intolerância religiosa, conforme previsto em lei.

A seguir, um dos conteúdos publicados pelo influenciador João Medeiros que reforçou a crítica ao comportamento da autora do vídeo:

 
 
 
 
 
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Uma publicação partilhada por João Medeiros (@joaomedeirostf)

 

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