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Amazon entra na corrida espacial da internet e desafia domínio da Starlink

Empresa lançou 27 satélites com o Projeto Kuiper para competir no setor bilionário de conectividade via satélite, , mirando um mercado que deve ultrapassar US$ 1 trilhão até 2040.

30/04/2025 às 15h47
Por: Tiago Francisco
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Foto - Reuters
Foto - Reuters

A corrida pelo domínio da internet via satélite ganhou um novo capítulo com a entrada oficial da Amazon na disputa. A gigante do varejo online lançou recentemente 27 satélites para o espaço com o objetivo de construir sua própria rede global de conectividade, batizada de Projeto Kuiper. A iniciativa coloca a empresa de Jeff Bezos em rota direta de colisão com a Starlink, da SpaceX, atual líder do setor.

A movimentação da Amazon marca sua aposta no futuro da conectividade, cada vez mais voltada para soluções que dispensem cabos e levem internet de qualidade até mesmo às áreas mais remotas do planeta. Tradicionalmente, o Wi-Fi que conhecemos depende de uma infraestrutura de fios e cabos conectando residências a operadoras, mas a proposta via satélite muda completamente essa lógica — prometendo estabilidade, alta velocidade e cobertura global.

O setor, segundo analistas, não é apenas promissor: é bilionário. A consultoria Morgan Stanley estima que a economia espacial deve ultrapassar US$ 1 trilhão até 2040, tendo justamente a conectividade via satélite como um dos motores principais dessa expansão.

A Starlink, criada por Elon Musk através da SpaceX, já acumula mais de 4,6 milhões de usuários ao redor do mundo e uma constelação de mais de 7 mil satélites em órbita. A Amazon, por sua vez, começa a trilhar esse caminho com um plano ambicioso: colocar em operação 3.200 satélites nos próximos anos. O investimento estimado no Projeto Kuiper pode chegar a US$ 17 bilhões — valor que revela o quanto a companhia aposta alto no potencial desse mercado.

Mas nem só de tecnologia vive o império de Jeff Bezos. Recentemente, a Amazon se envolveu em uma polêmica com o presidente Donald Trump. A empresa cogitou incluir nas etiquetas de seus produtos o valor das tarifas cobradas sobre itens importados, como forma de informar melhor os consumidores. No entanto, a ideia gerou reação imediata da esfera política. Trump ligou pessoalmente para Bezos, classificando a ação como “um ato hostil e político”. Horas depois, a Amazon recuou e arquivou oficialmente a proposta.

Jeff Bezos e Elon Musk — Foto: Reuters

 

 

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