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Professores cobram prefeito de Camboriú por atrasos salariais, e bate-boca viraliza

“Não somos culpados pelos erros da gestão”, diz professora ao prefeito Leonel Pavan.

01/04/2025 às 12h06 Atualizada em 01/04/2025 às 13h28
Por: Tiago Francisco
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Foto - Reprodução/Redes Sociais
Foto - Reprodução/Redes Sociais

Um bate-boca entre uma professora e o prefeito de Camboriú, Leonel Pavan (PSD), viralizou na internet na noite desta segunda-feira (31), chamando atenção de todo o Litoral Norte de Santa Catarina. O desentendimento aconteceu durante um protesto de professores da rede municipal, que reivindicavam atrasos nos pagamentos dos profissionais ACTs (Admissão em Caráter Temporário).

Diante da demora no recebimento de seus vencimentos, professores e assistentes foram até a sede da prefeitura, na tarde de ontem, para exigir uma resposta direta do prefeito. O protesto, que começou de forma pacífica, rapidamente se transformou em um embate verbal entre as educadoras e o chefe do Executivo.

Em vídeos que circulam nas redes sociais, a professora Vanilza aparece indignada, cercada por colegas, cobrando satisfações de Pavan sobre os atrasos salariais não apenas de março, mas também de fevereiro. "Por que o pagamento atrasou? Não somos culpados pelos erros da gestão!", questiona a profissional.

O prefeito tenta justificar a situação, alegando que o problema teve origem no setor de Recursos Humanos (RH). "O RH errou, e para corrigir o erro, só com a lei", afirmou Pavan. A resposta, no entanto, não convenceu os docentes. Em tom firme, a professora rebateu: "Quem faz a gestão é o senhor. Então exonera quem não está cumprindo com o dever".

Impasse na Câmara de Vereadores adia solução

A solução para o impasse depende de um projeto de lei que tramita na Câmara de Vereadores. O presidente da Casa, Marlon Borsatto (MDB), informou que a proposta foi enviada na semana passada, mas alguns parlamentares pediram vistas para analisar detalhadamente o texto, que foi apresentado em regime de urgência.

Segundo os vereadores, o projeto não especifica com clareza o erro ocorrido no pagamento e a forma como o reajuste será feito. Por isso, buscaram pareceres do Ministério Público e do Tribunal de Contas para garantir respaldo legal antes de autorizar ou não os pagamentos retroativos.

Borsatto afirmou que o Legislativo tem interesse em aprovar a medida o mais rápido possível, mas frisou a necessidade de segurança jurídica antes de qualquer decisão. Enquanto isso, os professores seguem sem previsão concreta para a regularização dos pagamentos.

Professores relatam dificuldades financeiras e desmotivação

Esta não é a primeira vez que os profissionais da educação de Camboriú vão até a prefeitura em busca de respostas. De acordo com os manifestantes, os atrasos são recorrentes e têm afetado diretamente suas vidas. Muitos relataram dificuldades para pagar contas e cumprir compromissos financeiros, além de um sentimento crescente de desmotivação.

"Nos dedicamos à educação com amor e compromisso, mas é difícil trabalhar sem saber quando receberemos nossos salários. Temos famílias para sustentar", desabafou uma professora que preferiu não se identificar.

Confira o vídeo que está repercutindo:

Vídeo - Reprodução/Redes Sociais

O que diz a prefeitura?

Por meio de nota oficial, a prefeitura de Camboriú informou que identificou inconsistências nos processos de contratação dos professores ACTs e nos pagamentos referentes a fevereiro e março.

Segundo o comunicado, "os atrasos ocorreram para garantir que o ano letivo tivesse início sem falta de profissionais nas salas de aula. Embora a intenção tenha sido assegurar o funcionamento das escolas, a execução das contratações e dos pagamentos apresentou problemas operacionais".

A prefeitura garantiu que todos os professores receberam seus salários, mas admitiu que alguns pagamentos ocorreram com "desconformidades". A gestão municipal informou ainda que está apurando os erros para evitar situações semelhantes no futuro.

Os profissionais que se sentirem prejudicados ou tiverem dúvidas sobre seus vencimentos podem buscar esclarecimentos no Departamento de Recursos Humanos (RH) da prefeitura.

Crise pode impactar a qualidade do ensino

Enquanto a solução não vem, especialistas alertam que a crise pode refletir diretamente na qualidade do ensino. A desmotivação dos profissionais pode comprometer o rendimento dos alunos nas atividades escolares.

Pais de estudantes também demonstram preocupação com o impacto da crise. "A gente quer professores comprometidos, mas como exigir isso se eles não sabem nem quando vão receber?", questiona um pai de aluno da rede municipal.

Enquanto aguardam uma solução definitiva, os professores seguem mobilizados e prometem novos protestos caso a situação não seja resolvida definitivamente.

 

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