Na tarde desta sexta-feira (14), uma rebelião envolvendo cerca de 12 presos iniciou no Complexo Penitenciário do Vale do Itajaí, popularmente conhecido como Canhanduba. Durante o motim, um agente de controle foi rendido e mantido refém pelos detentos na ala masculina da unidade. A ocorrência, que começou por volta das 13h10, segue em andamento, com equipes especializadas da Polícia Penal e do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) acompanhando a situação.
De acordo com a Secretaria de Estado de Justiça e Reintegração Social (Sejuri), a situação está sendo monitorada e controlada rigorosamente pelas forças de segurança. Um procedimento interno foi aberto para apurar as circunstâncias que levaram ao início da rebelião. A presença de negociadores também foi confirmada pela Secretaria para tentar resolver o impasse de maneira pacífica.
A confusão teria sido motivada por uma série de reclamações dos detentos, especialmente sobre a qualidade da comida servida na penitenciária. Familiares alegaram que os produtos alimentícios estariam vencidos e em condições inadequadas para consumo. A quantidade de água disponível também teria sido apontada como insatisfatória pelos presos.
Outro ponto de reclamação levantado por familiares foi a falta de kits de higiene, que não estariam sendo entregues. Eles afirmam que os produtos de higiene não estariam durando o tempo necessário, e a proibição de levar kits de alimentos e higiene nas visitas também foi mencionada nas queixas.
Apesar das tensões, a Secretaria de Justiça garantiu que as equipes policiais estão trabalhando para contornar a situação e que o motim não oferece risco à integridade da segurança pública.
Vídeo - Reprodução/Redes Sociais
Atualizações
No final da tarde, a presidente do Conselho da Comunidade de Itajaí, Dra. Nathane Maia, se pronunciou em nota oficial sobre a grave situação e solicitou medidas urgentes para garantir a segurança do refém e de todos os envolvidos. De acordo com a nota, foi feita uma comunicação imediata com a presidente do Conselho da Comunidade de Florianópolis, Dra. Elisangela Muniz, para que ela assumisse a coordenação das negociações com os detentos, com o objetivo de assegurar a preservação da vida do agente rendido, bem como a de outros internos e agentes da penitenciária. Confira na íntegra:
“Assim que a presidente do Conselho da Comunidade de Itajaí, Dra. Nathane Maia, teve conhecimento da situação envolvendo a penitenciária do Complexo Penitenciário do Vale do Itajaí – CPVI, solicitou que a presidente do Conselho da Comunidade de Florianópolis, Dra. Elisangela Muniz, fizesse todas as negociações necessárias para que a vida do refém rendido seja preservada, além dos internos e demais agentes.
Destacamos que o Conselho da Comunidade de Itajaí solicitou aportes financeiros para que a unidade prisional tenha melhorias e que até o presente momento não obteve liberação.
Compreendemos a situação dos internos e esperamos que nossas negociações sejam atendidas para preservação da ordem pública no ambiente penal. Agradecemos a preocupação de todos e assim que tivermos maiores informações iremos reportar.”
CONFIRA NOSSA PROGRAMAÇÃO AO VIVO
Mín. 19° Máx. 27°