Pela terceira vez no ano, Tijucas decreta situação de emergência

Nos primeiros 69 dias de mandato, o prefeito de Tijucas, Maickon Sgrott (PP), tem enfrentado uma série de desafios que exigiram medidas emergenciais para garantir a recuperação e estabilidade do município, com uma população que ultrapassa os 50 mil habitantes. Durante esse período, três decretos de emergência foram assinados para lidar com as diversas crises que afetaram a cidade.

Primeira Emergência:

Chuvas e Inundações - O primeiro decreto de emergência foi declarado em 16 de janeiro de 2025, quando as fortes chuvas que atingiram a região causaram sérias inundações em diversos bairros de Tijucas. A cidade foi uma das 13 de Santa Catarina a declarar situação de emergência.

Segunda Emergência:

Crise no Cemitério Municipal - Em 22 de fevereiro, um novo decreto foi assinado devido à falta de vagas para sepultamentos no Cemitério Municipal. O município passou a enfrentar uma situação crítica, com a necessidade de exumar, cremar e reorganizar os espaços. Para atender à demanda crescente, a prefeitura também autorizou a iniciativa privada a administrar temporariamente o local. 

E por último

A terceira e mais recente emergência decretada em Tijucas está relacionada à crise hídrica agravada. A medida foi decretada neste domingo, 9 de março, quando o rompimento de mais uma adutora na SC-410 resultou em instabilidade no fornecimento de água em diversos bairros, incluindo Jardim Progresso e Mata Atlântica.

Em apenas dois meses, o SAMAE de Tijucas já registrou 14 rompimentos na adutora, o que gerou um desabastecimento considerável. Em uma declaração de força, o prefeito Maickon Sgrott destacou que a situação era "insustentável" e que não havia mais espaço para soluções temporárias. "Chega de remendos! O SAMAE está autorizado a agir de forma ágil e eficiente para resolver esse problema de vez", afirmou Sgrott, anunciando que a construção de uma nova adutora seria iniciada de imediato.

O prefeito enfatizou que a concessionária está tomando ações são paliativas que não resolvem o problema estrutural da rede. "Esses rompimentos ocorrem em pontos distintos, o que demonstra que não se trata de um problema pontual, e sim estrutural. Assim, a construção de uma nova adutora se torna uma prioridade para garantir que a cidade tenha um abastecimento seguro e confiável no futuro", disse o prefeito. .

A medida de emergência permite à prefeitura tomar decisões rápidas, sem a burocracia habitual, a fim de garantir a compra de materiais e serviços especializados. Instrumento Legal de Emergência, o Decreto nº 2535, assinado em 9 de março, é uma ferramenta legal que reconhece a crise hídrica como uma situação anormal, permitindo à prefeitura adotar medidas emergenciais, como a compra de materiais e a contratação de serviços especializados sem a necessidade de licitação. Essa flexibilidade é essencial para lidar com as crises de forma mais ágil, especialmente em momentos em que a rapidez das ações é fundamental para mitigar os impactos das emergências.

Vídeo - Divulgação

Decretos de Emergência em 2025

• 16 de janeiro:
  • Causa: Fortes chuvas e inundações.
  • Consequências: Alagamentos em diversos bairros, necessidade de abertura de valas para drenagem.

• 22 de fevereiro:
  • Causa: Falta de vagas no Cemitério Municipal.
  • Medidas: Exumação, cremação, reorganização dos espaços e permissão para gestão privada temporária.

• 9 de março:
  • Causa: Crise no abastecimento de água, agravada pelos rompimentos da adutora e chuvas de janeiro.
  • Consequências: Desabastecimento nos bairros Jardim Progresso e Mata Atlântica, falta de pressão na rede.
  • Medidas: Construção de uma nova adutora para garantir um abastecimento estável e contínuo.

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