O vereador mais bem votado de Balneário Camboriú nas últimas eleições, Jair Renan Bolsonaro (PL), o filho "04" do ex-presidente Jair Bolsonaro, fechou um acordo com o banco Santader para quitar uma dívida de R$ 433.360,31 e encerrar um processo na Justiça do Distrito Federal. Conforme o acordo fechado, Jair Renan deverá pagar R$ 409.542,14.
Tal dívida foi contraída pela empresa de Jair Renan, a RB Eventos e Mídia. O empréstimo de 291 mil reais, contratado em junho de 2023, previa o pagamento de 60 parcelas de quase 9 mil (R$ 8.665), com juros de 27,66% ao ano. Como as prestações não foram pagas, o caso foi parar na Justiça, em dezembro do mesmo ano. Quando a ação foi apresentada ao Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios, o Santader já estava corabrando R$ 360 mil.
O Santander deu entrada em uma ação para cobrar o filho do ex-presidente, a empresa de eventos e o instrutor de tiro Maciel Carvalho. Sem conseguir localizar Jair Renan, o Santander pediu duas vezes uma busca de ativos financeiros em nome do vereador para garantir que a dívida fosse quitada. A primeira foi em abril do ano passado e, a segunda, em agosto, depois que ele registrou sua candidatura para o cargo de vereador na Dubai brasileira. À época, o filho de Jair Bolsonaro declarou 42 mil reais em bens à Justiça Eleitoral, o que chamou a atenção do banco. O pente-fino feito pela Justiça, porém, encontrou pouco mais de 16 mil nas contas de Jair Renan.
No acordo, fechado na última quinta-feira (29), cujo teor foi revelado pelo UOL e confirmado pela Rádio Cidade, o banco concedeu desconto de cerca de 24 mil reais “por mera liberalidade”. O arranjo determinava que o pagamento fosse realizado à vista até 28 de fevereiro, mas ele alegou não ter recursos para pagar o valor integral. Não há informações no processo que comprovem a quitação do débito. A defesa de Jair Renan ainda não se manifestou.
Investigações da Polícia Civil apontam que o filho do ex-presidente teria utilizado documentos com informações falsas sobre a RB Eventos e Mídia para obter o financiamento. Ele virou réu em março de 2024, quando o Ministério Público protocolou uma denúncia por suposta prática de lavagem de dinheiro, uso de documento falso e falsidade ideológica.
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