Cinco pessoas foram presas nesta quinta-feira (23) por envolvimento em um esquema criminoso milionário que transportava e distribuía grandes quantidades de cocaína, crack e maconha entre Foz do Iguaçu, no Paraná, e o Litoral Norte de Santa Catarina. Segundo o delegado Eduardo Ferraz, responsável pelas investigações, a organização interestadual movimentou mais de R$ 16 milhões ao longo de cinco anos.
A operação, batizada de "Secando a Foz", revelou que o grupo utilizava empresas fantasmas, laranjas e documentos falsos para esconder a origem ilícita do dinheiro. Além de tráfico de drogas, os investigados responderão por organização criminosa e lavagem de dinheiro.
Para combater o esquema, a Justiça determinou o bloqueio de valores dos investigados, somando até R$ 30 milhões, e o sequestro de bens, incluindo três imóveis, cinco veículos e uma embarcação de luxo.
Nesta quinta-feira (23), foram cumpridos 32 mandados de busca e apreensão em nove municípios de três estados: Campo Grande (MS), Curitiba (PR), e nas cidades catarinenses de Itapema, Balneário Piçarras, Barra Velha, Navegantes, Blumenau, Penha e Palhoça.
Durante as buscas, os agentes apreenderam três pistolas, uma carabina, veículos, documentos e aparelhos eletrônicos, que deverão ajudar a aprofundar as investigações.
Os cinco mandados de prisão visaram diretamente integrantes do núcleo da organização criminosa, considerados os principais articuladores do esquema.
A operação contou com a participação de várias forças de segurança, incluindo o COPE (Centro de Operações Policiais Especiais) da Polícia Civil do Paraná, o GARRAS (Delegacia de Repressão a Roubos a Banco e Assaltos) da Polícia Civil do Mato Grosso do Sul, a Receita Federal, o Setor de Recapturas da Polícia Penal e diversas unidades da Polícia Civil de Santa Catarina.
A operação, segundo o delegado Eduardo Ferraz, foi um golpe importante contra o tráfico de drogas e a lavagem de dinheiro na região Sul, desarticulando uma organização criminosa que há anos atuava com sofisticação e violência. As investigações continuam para identificar outros possíveis envolvidos e ampliar o cerco contra atividades ilícitas no país.
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