A Venezuela, sob o regime de Nicolás Maduro, consolidou-se como uma ditadura que sufoca liberdades, manipula instituições e perpetua-se no poder através de eleições fraudulentas. As recentes eleições presidenciais foram marcadas por graves irregularidades, incluindo a ausência de divulgação das atas de votação pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE), contrariando as próprias leis venezuelanas. Isso não é apenas uma falha técnica; é a demonstração cabal de que o regime não respeita nem mesmo as aparências de uma democracia funcional.
A repressão, por sua vez, intensificou-se de forma alarmante. Mais de 2.500 manifestantes foram presos e pelo menos 25 pessoas perderam a vida em protestos recentes. A Missão da ONU denunciou que o regime de Maduro comete crimes contra a humanidade, incluindo tortura e execuções extrajudiciais, elevando as violações a níveis sem precedentes. Esses atos brutais são a marca de um governo que se mantém no poder pela força, e não pelo consentimento do povo.
Diante desse cenário, a postura do presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, é, no mínimo, vergonhosa. Lula evita classificar o governo de Maduro como uma ditadura, limitando-se a adjetivos suaves como “regime desagradável” ou “com viés autoritário”. Essa retórica covarde deslegitima o sofrimento do povo venezuelano e enfraquece o papel do Brasil como defensor da democracia e dos direitos humanos.
Enquanto isso, vozes como a do ministro do STF, Luis Roberto Barroso, definem o regime venezuelano como um “desastre humanitário”, expondo a gravidade da situação e deixando ainda mais evidente a omissão do presidente brasileiro. Essa postura ambígua de Lula não apenas trai os princípios democráticos, mas envia um recado claro: em nome de alianças ideológicas, o Brasil está disposto a silenciar diante das atrocidades.
O Brasil tem a responsabilidade de liderar a defesa da democracia na América Latina. Manter-se neutro ou relativizar o que acontece na Venezuela não é uma opção aceitável. É hora de abandonar a conivência e exigir, com firmeza, transparência eleitoral, libertação de presos políticos e o fim imediato da repressão.
Não há espaço para desculpas ou eufemismos: a Venezuela vive uma ditadura, e o silêncio de Lula diante disso é cúmplice. Defender a democracia é escolher um lado – e o lado certo é o do povo venezuelano que clama por liberdade.
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