Na manhã desta segunda-feira (6), um casal foi preso em Navegantes, no Litoral Norte de Santa Catarina, suspeito de envolvimento no assassinato brutal de dois idosos em Xaxim, no Oeste catarinense. O crime ocorreu em 12 de dezembro, e os suspeitos, Luiz Fernando Nunes dos Santos, de 39 anos, e Louriane Santos Maciel, de 24, eram as últimas pessoas vistas com as vítimas, Erotides de Oliveira, de 72 anos, e Antônio dos Santos, de 58.
As prisões foram realizadas após troca de informações entre as polícias de Navegantes e Xaxim. O casal foi localizado em uma residência à beira-mar e, segundo a Polícia Militar, tentou modificar a aparência para evitar o reconhecimento: Luiz Fernando raspou a cabeça e cultivou uma barba, enquanto Louriane retirou os dreads que usava no dia do crime.
Luiz Fernando era foragido do Rio Grande do Sul, onde tinha um mandado de prisão preventiva em Júlio de Castilhos por descumprimento de medidas protetivas. Após serem capturados, os dois foram encaminhados ao Complexo Penitenciário da Canhanduba, em Itajaí.
Dinâmica do crime
Os suspeitos trabalhavam para as vítimas na chácara localizada na linha Tigre, no interior de Xaxim. Ele atuava como pedreiro, enquanto ela realizava serviços gerais. O crime foi desvendado a partir de imagens de câmeras de segurança de um posto de gasolina e de um motel próximos ao local.
Nas gravações, Luiz Fernando aparece acompanhado de Antônio dos Santos em um posto de combustível no dia anterior ao assassinato. Já as imagens do motel mostram os suspeitos hospedados por cerca de seis horas no mesmo dia em que o crime ocorreu.
Os corpos das vítimas foram encontrados com sinais de extrema violência. Erotides apresentava ferimentos compatíveis com golpes de foice, enquanto Antônio sofreu um disparo na cabeça e múltiplos ferimentos por arma branca. A casa estava revirada, indicando que o crime também teve motivação de roubo.
Roubo e pistas decisivas
Os criminosos roubaram objetos pessoais e celulares das vítimas. Os itens foram encontrados posteriormente na caminhonete pertencente ao casal assassinado. Segundo o relatório da polícia, os suspeitos também tentaram levar o veículo, mas não encontraram a chave.
No local do crime, uma foice com vestígios de sangue foi encontrada e considerada compatível com os ferimentos na cabeça de Erotides. A perícia revelou sinais de luta corporal nas duas vítimas, indicando resistência contra os agressores.
Investigação segue em andamento
A prisão do casal é um avanço significativo na resolução do caso. O Ministério Público e o Poder Judiciário acompanham o andamento da investigação, que busca consolidar provas e esclarecer detalhes do crime.
O delegado Vagner Papini destacou a importância da integração entre as forças de segurança de diferentes municípios para a captura dos suspeitos e a elucidação do caso. "Foi um trabalho intenso e colaborativo. Continuaremos empenhados para garantir que a justiça seja feita", afirmou.
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