Um soldado israelense chamado Yuval Vagdani que estava aqui no Brasil de férias teve que deixar o país às pressas em direção à Argentina, depois de ter virado alvo de busca da Polícia Federal.
Tudo começou quando uma organização palestina que vasculha as redes sociais dos soldados israelenses, pediu que a Justiça brasileira determinasse a investigação de um soldado das Forças de Israel.
A organização apontou que ele cometeu crimes de guerra — ataque com explosivos a um bairro residencial em Gaza —, e que o Brasil, como signatário de Estatuto de Roma, deveria prendê-lo por isso.
O Brasil, então, abriu uma investigação contra Yuval, o que fez a notícia chegar até Israel. Um parlamentar israelense fez esse tweet aqui, falando que o Brasil se tornou um “Estado patrocinador de terroristas” [por ouvir a Palestina] e que “Israel não ficará de braços cruzados”.
Além disso, o governo israelense alertou seus soldados a tomarem cuidado com postagens em redes sociais, para evitar virarem alvo de “acusações sem fundamentos”. O fato repercutiu na imprensa internacional.
Onde está a relevância?
A relação diplomática entre Brasil e Israel não está em sua melhor fase e, pouco mais de um ano depois do primeiro ataque, os aliados parecem ficar mais evidentes.
No ano passado, Lula foi declarado persona non grata, depois que ele comparou os atos de Israel em Gaza com os atos nazistas de Hitler.
Israel importa mais de US$ 660 milhões do Brasil por ano, principalmente em petróleo cru, carne bovina e soja, enquanto compramos fertilizantes e inseticidas deles, somando US$ 2 bilhões na balança comercial.
Em relação à Palestina, também no ano passado, o Brasil colocou em vigor um acordo de livre comércio com a região, que aguardava ratificação há mais de uma década, em uma demonstração de apoio ao povo palestino.
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