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Mãe e padrasto acusados de matar menina de três anos em Indaial, vão enfrentar o Tribunal do Júri

Eles serão submetidos ao Conselho de Sentença pelos crimes de homicídio, ocultação de cadáver e comunicação falsa de crime, em um caso que provocou comoção na comunidade de Indaial e em todo o país.

23/09/2024 às 12h16 Atualizada em 23/09/2024 às 12h38
Por: Rádio Cidade
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Foto - Reprodução
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Marcello Luciano e Daniela Sehnem Blum, mãe e padrasto que mataram friamente por meio de sequência de crueldades uma linda menina de apenas três anos, Isabelle de Freitas, irão enfrentar o Tribunal do Júri. O caso chocou o  Indaial e o país.  O casal foi denunciado pela 2ª Promotoria de Justiça de Indaial pela prática de homicídio qualificado por motivo torpe, emprego de meio cruel, recurso que dificultou a defesa da vítima, com o agravante do crime ter sido cometido contra menor de 14 anos e por serem parentes da menina. Eles também foram denunciados pelos crimes de ocultação de cadáver e comunicação falsa de crime. 

No dia 15 deste mês, os réus foram pronunciados pela Justiça, ou seja, as acusações de crime contra a vida contidas na denúncia do Ministério Público foram julgadas admissíveis e a ação penal foi encaminhada para ser julgada pelo Tribunal do Júri. 

Relembre

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Conforme os autos do processo, no dia 04 de março, por volta de 11 horas, a mãe e o padrasto teriam matado a menina de apenas três anos, na residência onde a família morava, no bairro Rio Morto, em Indaial. Pouco mais de quatro horas depois do crime, o casal teria transportado o corpo da criança em uma mala, e enterrando-o em uma cova rasa, num local de mata fechada, no bairro João Paulo II, também em Indaial. A finalidade era ocultar o cadáver.  

No mesmo dia do crime, a mãe e o padrasto noticiaram falsamente o desaparecimento da criança à Polícia Militar, que gerou um boletim de ocorrência. 

Os policiais teriam entrado em contato com a mãe, a qual teria informado que, na tarde do dia do crime, deu falta de sua filha de três anos. Foram efetuadas buscas nas proximidades, sem sucesso.

Prisão e investigação

Após ouvir testemunhas e os investigados, a Polícia Civil teria identificado que a história do desaparecimento seria mera estratégia do casal. 

A prisão do casal foi requerida pela Polícia Civil, com parecer favorável da 2ª Promotoria de Justiça da Comarca de Indaial, e dois dias após o crime foi decretada a prisão preventiva. O MPSC também requereu, na mesma data, medidas protetivas ao irmão da vítima. 

Em 10 de abril, o MPSC ofereceu denúncia contra a mãe e o padrasto. O crime teria ocorrido porque, supostamente, o casal teria reagido de forma violenta ao fato de a menina não querer comer e ter indicado que iria chorar. A mãe e o padrasto teriam passado a agredi-la, desferindo golpes por todo o corpo dela, com maior concentração na região da cabeça, o que provocou a morte da criança por traumatismo cranioencefálico, segundo o laudo pericial. 

A prisão preventiva dos acusados foi mantida na sentença de pronúncia. A decisão é passível de recurso. 

 

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