Na manhã desta quarta-feira (28/8), o Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (GAECO), em apoio à investigação conduzida pela 21ª Promotoria de Justiça de Joinville, deflagrou operação visando combater e desmantelar organização criminosa responsável por comércio ilegal e maus-tratos de animais silvestres e exóticos, atuando em diferentes Estados da Federação, com clara organização e divisão de tarefas entre si. 27 mandados de busca e apreensão estão sendo cumprindos em três estados.
A partir de fiscalização ambiental realizada pela Polícia Militar Ambiental de Santa Catarina, foi desencadeada investigação que apurou o envio de animais silvestres e exóticos de diversas espécies do estado de São Paulo para Santa Catarina e Paraná, com o objetivo de serem ilegalmente comercializados. Dadas as péssimas condições de depósito, transporte e cuidados, foram identificados eventos de maus-tratos e até mortes de diversas espécies, o que serviu para justificar as ordens judiciais expedidas pelo Juízo da 1ª Vara Criminal da Comarca de Joinville.
Conforme o Major Ruy Florêncio Teixeira Junior, comandante da 2ª Companhia de Polícia Militar Ambiental, o grupo criminoso vendia esses animais pela internet, por meio de grupos em aplicativos de mensagens, nas redes sociais e, também, presencialmente.
Prestam apoio ao GAECO a Polícia Militar Ambiental de Santa Catarina, a Polícia Militar Ambiental de São Paulo e a Polícia Civil do Paraná, por meio da Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente de Curitiba.
A operação leva o nome em referência ao "axolote", um anfíbio endêmico dos lagos do México, que foi avistado durante as investigações. Este animal, conhecido por sua capacidade única de regenerar membros e até partes do cérebro, simboliza a resiliência e a renovação, características que se alinham aos objetivos da operação. Atualmente, está criticamente ameaçado de extinção devido à poluição, perda de habitat e introdução de espécies invasoras em seu ambiente natural.
A investigação tramita em sigilo e, assim que houver a publicidade dos autos, novas informações poderão ser divulgadas.
Cidades alvos da operação
Durante a ação policial desta quarta-feira, cinco pessoas foram presas em flagrante. Elas devem passar por audiência de custódia, que vai determinar a prisão preventiva ou soltura do investigado. Ao menos três armas de fogo e mais de 200 munições foram apreendidas com os suspeitos.
Entre os crimes que os suspeitos poderão ser enquadrados estão maus-tratos aos animais, comércio ilegal de animais silvestres, receptação, formação de organização criminosa e porte ilegal de armas.
A operação foi a maior já realizada pela Polícia Militar Ambiental em termos de números de mandados cumpridos. Ao todo foram usadas 83 viaturas e 175 policiais, incluindo guarnições da PMA, Gaeco e das Polícias Militares catarinense e paulista.
Primeias ações
O resgate dos mais de 80 animais foi possível após uma investigação realizada pelo GAECO (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) que teve início em 2022, em Joinville. Na época, a Polícia Militar Ambiental recebeu uma denúncia de que animais silvestres e exóticos estariam sendo vendidos ilegalmente no bairro Fátima. A partir disso, a guarnição foi até o local, resgatou os animais e objetos para perícia, como celulares e máquinas de cartões.
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