Na mais recente edição do ranking das 300 maiores empresas de varejo do Brasil, divulgada na semana passada pela Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC), 18 empresas de Santa Catarina figuram na lista. O critério principal de classificação é o faturamento registrado em 2023.
O levantamento mostra uma situação de instabilidade para as empresas catarinenses, com um saldo negativo predominante. Das 18 empresas do estado incluídas no ranking, apenas quatro conseguiram melhorar suas posições em relação à edição de 2022. Curiosamente, todas essas quatro são redes de supermercados. As demais 14 empresas catarinenses sofreram queda em suas posições.
No topo da lista de Santa Catarina, o Grupo Pereira, que controla as bandeiras Comper e Fort Atacadista, conquistou uma nova posição de destaque. Embora tenha sua sede em São Paulo, o Grupo Pereira, que teve suas origens em Santa Catarina, ultrapassou a Havan em faturamento. Com receitas de R$ 13,2 bilhões, a empresa subiu de 17ª para 16ª colocação no ranking geral nacional.
A Havan, que anteriormente ocupava a 12ª posição, agora aparece na 17ª colocação, com um faturamento de R$ 12,9 bilhões em 2023. O terceiro lugar entre as empresas catarinenses é ocupado pela rede de supermercados Koch, que avançou quatro posições, passando da 33ª para a 29ª colocação, com receitas de R$ 8 bilhões.
O setor supermercadista é predominante na lista das empresas catarinenses, com 10 representantes. Além dos supermercados, a lista inclui duas varejistas de moda, duas redes de materiais de construção, duas de móveis e eletrodomésticos, uma rede de drogarias e uma loja de departamentos.
Juntas, essas 18 empresas catarinenses alcançaram um faturamento total de R$ 58,1 bilhões em 2023. Elas operam um total de 2.375 lojas físicas e empregam cerca de 73 mil pessoas. Vale ressaltar que o número total de empregados pode ser maior, já que o ranking não inclui dados sobre o volume de funcionários de todas as empresas.
Confira a posição das empresas de SC no ranking
Grupo Pereira (Comper e Fort Atacadista):
16ª posição no ranking (17ª em 2022). Vendas de R$ 13,2 bilhões em 2023;
Havan:
17ª posição no ranking (12ª em 2022). Vendas de R$ 12,9 bilhões em 2023;
Grupo Koch (Komprão e SuperKoch):
29ª posição no ranking (33ª em 2022). Vendas de R$ 8 bilhões em 2023;
Giassi (Giassi e Combo):
66ª posição no ranking (65ª em 2022). Vendas de R$ 3,75 bilhões em 2023;
Angeloni (Angeloni e Super A):
69ª posição no ranking (68ª em 2022). Vendas de R$ 3,5 bilhões em 2023;
Clamed (Drogaria Catarinense, Preço Popular, Farmagora e Proformula):
77ª posição no ranking (74ª em 2022). Vendas de R$ 2,99 bilhões em 2023;
Mundial Mix (Brasil Atacadista e Supermercado Imperatriz):
87ª posição no ranking (81ª em 2022). Vendas de R$ 2,6 bilhões em 2023;
Passarela Supermercados:
115ª posição no ranking (142ª em 2022). Vendas de R$ 1,92 bilhão em 2023;
Portobello Shop:
136ª posição no ranking (134ª em 2022). Vendas de R$ 1,5 bilhão em 2023;
Cassol Centerlar:
163ª posição no ranking (160ª em 2022). Vendas de R$ 1,2 bilhão em 2023;
Studio Z:
173ª posição no ranking (164ª em 2022). Vendas de R$ 1,1 bilhão em 2023;
Lojas Koerich:
201ª posição no ranking (176ª em 2022). Vendas de R$ 886 milhões em 2023;
Rede Top (Supermercados Top e Preceiro):
203ª posição no ranking (193ª em 2022). Vendas de R$ 882 milhões em 2023;
Grupo AMC (Colcci e outras marcas):
204ª posição no ranking (190ª em 2022). Vendas de R$ 875 milhões em 2023;
Supermercados Archer:
216ª posição no ranking (210ª em 2022). Vendas de R$ 826 milhões em 2023;
Berlanda:
235ª posição no ranking (226ª em 2022). Vendas de R$ 691 milhões em 2023;
Superviza Supermercados:
241ª posição no ranking (286ª em 2022). Vendas de R$ 679 milhões em 2023;
Atacado Joinville (Hipermais):
259ª posição no ranking (238ª em 2022). Vendas de R$ 616 milhões em 2023.
Líderes nacionais
Liderado por Carrefour, Assaí, Magazine Luiza, Casas Bahia e RD Saúde, o ranking das maiores empresas varejistas do País somaram um faturamento de R$ 1,129 trilhão em 2023, 7,9% mais que no ano anterior.
Em um ano bastante desafiador para o varejo brasileiro, as principais empresas do setor não viveram uma crise. Embora questões pontuais tenham feito com que diversas empresas enfrentassem cenários de restrição a crédito e recuperação judicial, o grupo das 300 maiores varejistas brasileiras continua crescendo, gerando empregos e movimentando a economia.
Considerando apenas as 216 empresas que declararam seus faturamentos nos últimos dois anos, o crescimento foi de 11,4%, muito acima dos 4,1% de alta do varejo restrito e dos 5,3% do varejo ampliado, segundo dados do IBGE.
Segundo as análises feitas para o ranking, as grandes e médias empresas que crescem têm aproveitado as oportunidades e mantido a disciplina financeira e operacional. “Mais do que a influência de fatores macroeconômicos, o que realmente faz a diferença para as 300 maiores varejistas brasileiras é sua capacidade de utilizar dados para conhecer os consumidores e entregar propostas de valor sólidas”, afirma o presidente da SBVC, Eduardo Terra.
O faturamento de R$ 1,129 trilhão das 300 maiores varejistas brasileiras corresponde a 10,35% do PIB brasileiro, um indicativo claro da relevância que o setor tem na economia. Embora tenha interrompido um ciclo de três anos de expansão de dois dígitos em seu faturamento, o setor cresceu bem acima da economia brasileira. O PIB brasileiro, segundo o IBGE, teve em 2023 uma expansão de 2,9%, marcando o sétimo ano consecutivo em que o varejo supera o desempenho da economia como um todo. “O grupo das 300 maiores continua a crescer mais que o varejo em geral, mostrando que essas empresas têm sido capazes de entender os consumidores e responder melhor aos movimentos do mercado”, analisa Terra.
O Carrefour lidera mais uma vez a lista das maiores empresas do varejo brasileiro, com um faturamento bruto de R$ 115,4 bilhões. As 5 maiores empresas do Ranking (Carrefour, Assaí, Magazine Luiza, Grupo Casas Bahia e RD Saúde) somaram um faturamento de R$ 307,1 bilhões, ou 27,2% do faturamento das 300 maiores e 11,2% do faturamento total do varejo ampliado brasileiro.
“Mesmo diante de um cenário desafiador, o varejo se manteve em crescimento, combinando aquisições, aceleração do digital e abertura orgânica de lojas. Os dados do Ranking Cielo-SBVC 300 Maiores Empresas do Varejo Brasileiro revelam a força e a resiliência das grandes empresas do setor, ao mesmo tempo em que confirmam características estruturais do nosso mercado, como baixa concentração e regionalismo. Fatores de inovação relevantes, como a diversificação das vendas digitais e o aumento da potência dos marketplaces, também estão nas análises do Ranking, mostrando a capacidade do varejo de enfrentar cenários complexos”, afirma Alberto Serrentino, vice-presidente da SBVC.
Os principais destaques da edição 2024 do Ranking Cielo-SBVC são os seguintes:
CONFIRA NOSSA PROGRAMAÇÃO AO VIVO
Economia Salário do trabalhador catarinense está entre os maiores do país 
Economia Governador participa da abertura do 21º Congresso Brasileiro de Contabilidade em Balneário Camboriú 
Economia Intenção de consumo das famílias catarinenses é a segunda maior do Brasil Mín. 14° Máx. 19°
