O aeroporto Internacional de Florianópolis amanheceu com filas gigantes e problemas nos serviços digitais na manhã desta sexta-feira (19), dia em que há o registro de um apagão cibernético pelo mundo. Ao menos quatro voos tiveram atrasos durante a madrugada e manhã. Em nota, a Zurich Airport Brasil, concessionária que opera a estrutura, informou que as empresas aéreas Azul e Latam enfrentam instabilidades.
A demora para despachar malas chegou a superar uma hora, relataram passageiros. Conforme a concessionária que administra o aeroporto da capital, as companhias aéreas Azul e Latam estão realizando os processos de check-in, etiquetagem de bagagem e embarque de forma manual, o que aumenta o tempo desses procedimentos e pode ocasionar atrasos. "Orientamos os passageiros que cheguem mais cedo no aeroporto. Mais informações podem ser obtidas com as cias aéreas", comunicou a concessionária. Em nota, a Azul Linhas Aéreas informou que "devido intermitência no serviço global do sistema de gestão de reservas, alguns voos podem sofrer atrasos pontuais".
A orientação para o passageiro que tem voo nesta sexta e não conseguiu realizar o check in é chegar mais cedo e se dirigir ao balcão de atendimento da companhia.
Apagão pelo mundo
O apagão vem provocando atrasos em voos, além de prejudicar serviços bancários e de comunicação ao redor do mundo. O problema estaria relacionado a sistemas que utilizam Windows na empresa CrowdStrike, uma fornecedora de serviços de segurança digital. Em comunicado, as empresas afirmaram que estavam trabalhando para combater o problema. Em postagem na rede social X (antigo Twitter), o presidente da CrowdStrike, George Kurtz, afirmou que estava trabalhando para oferecer apoio aos consumidores afetados, e disse que o problema afeta apenas o sistema operacional Windows – Mac e Linux não foram afetados.
“Este não é um incidente de segurança ou um ataque cibernético. O problema foi identificado e a operação para consertar já está em andamento”, garantiu Kurtz, que disse ainda que os canais oficiais de comunicação da empresa estão à disposição dos clientes. Agências de segurança cibernética de diferentes países, como Austrália e França, lançaram comunicados sobre o problema e afirmaram que não tinham identificado evidências de ciberataques.
Impactos
Enquanto isso, aeroportos e companhias aéreas em diversas partes do mundo chegaram a suspender pousos e decolagens. Há impacto confirmado em terminais movimentados, como os de Sidney (Austrália), Berlim (Alemanha), Amsterdã (Holanda), Zurique (Suíça) e Hong Kong. Na Espanha, todos os aeroportos foram afetados. Além disso, grandes companhias aéreas, como as americanas Delta, United e American Airlines, chegaram a suspender operações. As comunicações e operações financeiras também foram afetadas. O canal britânico Sky News chegou a sair do ar. A rede ABC, uma das mais importantes da Austrália, relatou uma “falha grave” em seus sistemas. A Bolsa de Londres também teve problemas, assim como o sistema ferroviário britânico.
No Brasil, usuários reclamam que apps de bancos estão fora do ar. Bolsas de valores em todo o mundo tiveram intercorrências nas operações.
O que é a “tela azul da morte”, que surpreendeu usuários em apagão
A chamada “tela azul da morte”, também conhecida como erro de tela preta ou erro de código Stop pode ser causada por problemas de hardware ou software. Ela faz com que o Windows seja desligado ou reiniciado inesperadamente para prevenir problemas maiores.
Em casos assim, comumente, aparece a mensagem: “O Windows foi desligado para evitar danos ao computador”, ou algo semelhante. Na maioria dos casos, o aconselhável é reiniciar a máquina.
A resolução do erro é feita em etapas, como verificar se há problemas no hardware ou se há atualizações pendentes para drives. Se a tela azul persistir, pode ser necessário até mesmo reinstalar o Windows.
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