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Santa Catarina recebe a primeira indústria estrangeira no governo Jorginho

Empresa é a maior fabricante da China no setor de baterías lítio e está presente em 44 países.

11/06/2024 às 12h12 Atualizada em 11/06/2024 às 12h35
Por: Rádio Cidade Fonte: Secom SC
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Foto: Reprodução/Secom SC
Foto: Reprodução/Secom SC

Em Laguna, foi instalada a primeira indústria estrangeira na administração do governador Jorginho Mello, a multinacional Eikto. A empresa, uma das maiores atuantes internacionais no setor de baterias de lítio, investiu aproximadamente R$ 20 milhões para sua instalação, comercialização e linha de montagem em Santa Catarina, somente no ano passado. Agora, acaba de anunciar a aprovação de uma segunda rodada de investimentos ainda maior: serão mais de R$ 50 milhões para ampliar a sua instalação com foco em exportação, o que irá gerar uma média de 100 empregos diretos e indiretos para a cidade e região, alavancando o desenvolvimento local, segundo informou o diretor comercial da Eikto no Brasil, Mauricio Borba.

“É uma grande notícia para os catarinenses. Ganha o município e seus trabalhadores, ganha o Estado e ganha o país, já que a empresa recolhe impostos para Santa Catarina. Além disso, exportará a partir daqui para países como Estados Unidos e Canadá, contando com a facilidade da proximidade com o Porto de Imbituba, que permite facilmente a importação e a exportação”, destacou Jorginho Mello. Até o momento, a empresa recolheu R$ 1.204.537,82 em impostos estaduais. Para 2024, a expectativa é de recolhimento global de, em média, R$ 15 milhões em impostos.

A Eikto, que produz células, módulos e sistemas de baterias de lítio, é a maior fabricante da China no setor e está presente em 44 países. Tem como foco, na sua produção, atender as necessidades náuticas, de telecomunicações ou de equipamentos de movimentação de materiais. Os benefícios são vários, tanto para o meio ambiente, como a redução da emissão de carbono, quanto para os consumidores, pois a duração das baterias é de 10 anos, com monitoramento do produto direto da China. “Os produtos fabricados em Laguna serão destinados aos segmentos de empilhadeiras”, disse Mauricio Borba.

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Negociações

“No ano passado, no início da gestão Jorginho Mello, fizemos o primeiro contato com a empresa, que também alinhou tratativas com a Secretaria da Indústria, Comércio e Serviços; dentre outros órgãos estaduais e também municipais para viabilizar condições favoráveis à sua instalação definitiva no Estado. Foi a partir desses alinhamentos que, em março de 2023, o governador Jorginho Mello anunciou o interesse da Eikto em se instalar no município de Laguna”, explicou o secretário de Articulação Internacional, Juliano Froehner.

No mês de abril, representantes da joint venture se reuniram, presencialmente, com o governador catarinense e confirmou sua presença no Estado. À época, informaram ainda que a instalação da fábrica em Laguna, na localidade de Caputera – às margens da BR-101, começaria em maio e que a previsão de faturamento, para o seu primeiro ano de atuação, seria de cerca de R$ 30 milhões.

Projeto

De acordo com o plano de negócios da Eikto, o projeto total terá valor de R$ 120.972 milhões, incluindo investimentos com maquinário, insumos, equipamentos, instalações, obras civis, infraestrutura, mobiliário, tecnologia e capital de giro. “Hoje, já possuímos valor integralizado de capital social através da empresa matriz de R$ 11.120 milhões, estando o valor de R$ 2.435.506,68 como adiantamento de capital social a integralizar”, especificou a representante da empresa no Brasil, Melina Fechine.

A especialista explicou que o plano da Eikto em Santa Catarina consiste na implantação da linha de montagem de baterias com maquinário da melhor tecnologia do mercado global, desde máquina de solda, dobradeira, até máquina de corte a laser e de teste de baterias. “Na instalação da fábrica de bateria de íon de lítio haverá redução de custos, como os de importação, para melhor atender potenciais clientes brasileiros, são eles fabricantes de empilhadeiras, revendedores, empresas de locação de máquinas, empresas de logística e empresas voltadas à energia e energia solar.”

O mercado de empilhadeiras engloba, segundo ela, as de combustão interna (CI) e elétricas (chumbo e lítio). “Entre as elétricas, a maioria das baterias eram de chumbo ácido antes de entrarmos no mercado brasileiro, e estamos promovendo a substituição para baterias de lítio. Nossa presença no Brasil está facilitando essa mudança no mercado entre empilhadeiras elétricas e baterias de lítio, aliando também as empresas de fabricação de empilhadeiras locais, que estão se tornando mais fortes quando se juntam a nós contra as empilhadeiras com baterias de íon de lítio importadas. O total de vendas anuais de novas empilhadeiras no Brasil é de atualmente 30 mil unidades.”

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